quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Arte cura?

  Li em algum texto que a Arte algumas vezes cura, em outras alivia, mas sempre consola.
  Penso que toda a atividade realizada no campo da arte contribui para a ativação do lado direito do cérebro, despertando a criatividade e motivando o aflorar de sentimentos que de outra maneira não poderiam se manifestar.
  O recurso à imaginação, ao simbolismo que propicia o fazer artístico enriquece e incrementa o processo curativo, pois permite aflorar a expressão emocional e liberta a capacidade de pensar e a criatividade.
  O fundamental que se pode extrair  do debate sobre se a Arte cura é, exatamente, a questão do despertar da criatividade, posto que esta é um estado sadio, de bem-estar, estando ligada a idéia de saúde mental.        
  Neste sentido a Arte pode ser curativa, já que estimula o despertar da criatividade. Como afirma Angela Phillipini,  não é curar no sentido de botar num molde ou num padrão, numa forma, mas de administrar as potencialidades de cada um.
  Minha observação, por exemplo, com pessoas deprimidas é de que a atividade artística as estimula, as envolve de uma forma lúdica e eleva sua auto-estima ao se depararem com sua produção artística.
  A capacidade de dançar, pintar, modelar, a musicalidade interna, são inerentes e comuns a todo ser humano. A criatividade é universal, pertence a toda humanidade.
  Em Arteterapia, através do fazer artístico o homem pode ter acesso às informações de si próprio servindo, o objeto criado, como mediador, um facilitador da comunicação ou um veículo para o entendimento do que se passa em seu interior.
  A experiência artística, por conseguinte, pode intensificar a expressão de vivências e incrementar a conscientização, fatores importantes para a mudança e revitalização do eu na busca de melhor qualidade de vida.

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